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Neuroplasticidade

A Neuroplasticidade pode ser definida como as contantes adaptações do cérebroaos diferentes estímulos que ele recebe. De uma forma bastante simplicficada, no cérebro, a energia irá para onde a atenção ou a consciência for canalizada.

O aprendizado é visto como neuroprotetor porque, através da neuroplasticidade ele aumenta as conexões neuronais, aumenta o metabolismo neuronal e aumenta ainda a síntese de um fator de crescimento neuronal, uma substância produzida pelo corpo que  ajuda na manutenção neuronal. A Neuroplasticidade manifesta-se no cérebro de diferentes maneiras e em diferentes momentos da vida. No início da vida, na vida adulta e às lesões cerebrais.

Primeiramente, e mais intensamente, no início da vida, quando um sistema nervoso imaturo encontra-se em fase de organização. Nessa fase da vida, os alicerces de como o cérebro está se estruturando, certamente exercerão influência ao longo de toda a vida daquele indivíduo, mas a neuroplasticidade não se encerra aí.

Num segundo momento. Após isso durante a vida adulta, sempre que um novo aprendizado é adquirido. Por muito tempo se pensou que as nossas conexões cerebrais se tornavam fixas com o envelhecimento. A evidência de neuroplasticidade é observada facilmente nos cérebros de indivíduos que se tornam extremamente habilidosos numa determinada tarefa. As áreas cerebrais específicas que dão suporte a tais habilidades mudam ao longo do tempo. As conexões neuronais e a taxa de metabolismo aumentam nessas áreas. Um bom exemplo são os motoristas de grandes cidades. Motoristas de táxi apresentam a área de habilidade visuoespacial muito mais desenvolvida do que motoristas d ônibus. Isso se justifica porque os motoristas de taxi precisam dirigir ao redor de toda a cidade enquanto os motoristas de ônibus tendem a fazer rotas mais limitadas/fixas. É a situação das pessoas que, quando saem de sua habitual “área de conforto”, apresentam um rendimento muito aquém do que poderiam apresentar se tivessem sido treinadas ou preparadas para diversas situações. Essa, entre outras coisas é proposta dos exercícios de treinamento cognitivo. Diga-se de passagem, os próprios motoristas de táxi estão se rendendo aos GPSs e as suas áreas visuoespaciais estão, também comprovadamente, se atrofiando… Todos precisam estar sendo constantemente desafiados para se desenvolver.

Por fim. Numa situação de lesão cerebral, como uma forma de compensação pelas áreas/funções perdidas ou maximização das funções remanescentes. Tenho o caso de uma senhora idosa (minha avó Martha) que era fluente em 7 idiomas. Sofreu um derrame que afetou a área da fala e sensivelmente a sua qualidade de vida. Durante seu período de reabilitação, a simples expressão de uma sílaba parecia impossível, mas com o tempo e os estímulos corretos ela foi reaprendendo/ relembrando e voltou a se expressar normalmente de forma que quem a via nem se dava conta que ela havia sofrido um derrame. Quando se repetiu os exames de imagem, a área afetada continuava morta provando que as funções de comunicação e linguagem haviam sido assumidas por outra área cerebral que permanecia saudável. O que ela fez? Ela deu o comando certo! Mostrou para o cérebro dela que comunicar-se era importante para ela e ele respondeu de acordo!!! Façamos isso também?! Eu não vejo por que não!

Bom exercício! Bom divertimento! Bom desenvolvimento!

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